A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém
um vínculo essencial com aquilo que é o “não brincar”. É através do
brincar que a criança se relaciona com o mundo, com as pessoas que estão seu
redor e com ela mesma. Através das brincadeiras, ela expõe o que sabe e aprende
coisas novas, de acordo com o ambiente em que ela esta inserida. Essas
categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes
essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e
suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a
linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem
utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores
e atitudes que se referem à forma como o universo social se constroem; e,
finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso
fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas
em três modalidades básicas, quais sejam brincar de faz de conta ou com papéis,
considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras;
brincar com materiais de construção e brincar com regras.
As brincadeiras de faz de conta, os jogos de
construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também
chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais etc.,
propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica.
Por meio das brincadeiras os professores podem
observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças
em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso
das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos
e emocionais que dispõem. A intervenção intencional baseada na observação das
brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes materiais adequados, assim como um
espaço estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências
imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor organizar
situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para
propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e
companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim
elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos,
conhecimentos e regras sociais. É preciso que o professor tenha consciência que
na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais
diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa.
Nessa perspectiva não se deve confundir situações nas quais se objetivas
determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes
explícitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma
maneira espontânea e destituídos de objetivos imediatos pelas crianças.
Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente àqueles que possuem
regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha
consciência que as crianças não estarão brincando livremente nestas situações,
pois há objetivos didáticos em questão.
ATRAVÉS
DA BRINCADEIRA A CRIANÇA:
- Pesquisa
- Percebe
- Questiona
- Orienta-se
- Cria normas
- Obedece as regras
- Imagina
- Resolve problemas
- Aprende a regular seu comportamento de acordo com as situações
- A criança recria a realidade usando sistemas simbólicos.
- Cria relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.
- Presente na relação que as crianças mantêm com o mundo.
- Diversidade e individualidade
- Proximidade com as práticas sociais reais
- Aprendizagem significativa e conhecimentos prévios
DESENVOLVE
:
- O seu aspecto fisco motor
- Seu aspecto social
- Emocional
- Artístico
- Lúdico
- Percepção do mundo
- Interação
- Diversidade e individualidade
- Proximidade com as práticas sociais reais
- Aprendizagem significativa e conhecimentos prévios
SUGESTÕES DE CANTINHOS PARA SEREM MONTADOS NAS
TURMAS:
- Cantinho da leitura / Artes
- Salão de beleza
- Bandinha
- Cantinho da matemática
- Cantinho de ciências
- Cozinha
- Sala de visitas
- Quarto
OS JOGOS ESTIMULAM O
APRENDIZADO
Os jogos podem fornecer
oportunidades para explorarem aspectos da vida. Quando jogam ou criam os seus,
as crianças terão uma compreensão maior de como o mundo funciona e de como
poderão lidar com ele à sua maneira.
Os jogos podem ser afirmações
do que está acontecendo, ou representações do que as crianças entendem. O jogo
esta presente no dia-a-dia do aluno. É através do jogo que ele constrói grande
parte de seu conhecimento, caracterizado pelo aspecto lúdico e prazeroso, e a
interação com o outro é espontânea. Com o jogo, a criança ultrapassa seus
próprios limites, adquirindo autonomia na aprendizagem. Com recursos
pedagógicos, a professora poderá utilizar-se de jogos e brincadeiras em
atividades de leitura e escrita, matemática e outros conteúdos, devendo, no
entanto, saber usar o jogo no momento oportuno.
VANTAGENS DE SE USAR O JOGO:
- Melhora a socialização entre os alunos;
- Permitir a criança a ser menos egocêntrica;
- Viver situações de competição e colaboração;
- Desenvolver a capacidade de observação, comparando diferenças e semelhanças;
- Aprender com mais facilidade de modo agradável;
- Apresentar algo desafiador para as crianças desenvolverem;
- Aprender a trabalhar em grupo, respeitando o outro.
Texto com base no Referencial
Curricular Nacional Para a Educação Infantil. 1996
Texto elaborado por Renata Calasans.
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